Projeto de Parto Normal Humanizado é apresentado em Itabuna‏

Daiane Santos do Nascimento
Ascom/Gabriel de Oliveira

Com 40 semanas de gestação, ansiosa e aguardando a chegada da primeira filha para este final de semana, Daiane Santos do Nascimento acompanhou atentamente as informações repassadas a um grupo de gestantes pela enfermeira-obstetra do Hospital Manoel Novaes Emannuelle Nunes sobre o parto natural humanizado na tarde de quarta-feira, dia 11. Realizado pela Prefeitura de Itabuna, através da Coordenação da Unidade Básica de Saúde Roberto Santos, no bairro Santo Antônio, o evento foi direcionado pela equipe de saúde da unidade a 60 gestantes acompanhadas no pré-natal.

A palestra teve como finalidade ampliar o conhecimento das mulheres sobre os benefícios do parto normal para a saúde da mãe e do bebê.  “O grande medo de toda mulher é a dor, que varia muito de pessoa a pessoa e pode ser aliviada de forma natural com massagens nas costas, aromaterapia e outros procedimentos. O tempo em que a gestante fica em trabalho de parto também pode ser variado. Em geral, a primeira gestação leva em torno de 16 horas, já nas demais o tempo chega até 12 horas”, explicou a enfermeira e coordenadora do projeto Parto Normal Humanizado Geomarry Silva Nascimento.

O trabalho desenvolvido na unidade de saúde pela equipe multiprofissional já começa a colher frutos. A futura mamãe Daiane Santos do Nascimento aguarda seu primeiro bebê optando por parto natural. “O médico disse que vai esperar até domingo. Caso ela não dê sinal por parto natural, poderemos seguir para um parto cesáreo. Mas estou pedindo a Deus que Beatriz venha por parto natural, pois, com certeza, será bem melhor para a saúde de nós duas, pois o tempo de recuperação será bem mais rápido”, afirmou Daiane.

 Para que os casos de intervenção sejam minimizados existem alguns procedimentos que podem ser feitos antes de se optar pela cesariana disse a enfermeira. “Colocamos a gestante para fazer alguns exercícios com bola de parto e outros aparelhos para recolocar o bebê em posição. Depois, vamos monitorando com o partograma, que é um gráfico para avaliar a evolução do parto e, no caso de necessidade de intervenção, em ultimo caso, encaminhamos para a cesárea”, informou Geomarry.

Alguns hospitais já oferecem uma situação mais acolhedora às parturientes, com salas especiais que são usados antes, durante e depois do parto. A enfermeira-obstetra Emanuelle Nunes comenta que para isso toda a equipe deve estar preparada e disposta a enfrentar o trabalho de parto no ritmo da mulher.

Com experiência na área de obstetrícia, a enfermeira é defensora do parto natural humanizado e diz que com este método a mulher pode ter total domínio do momento do nascimento do bebê. “O parto natural ou humanizado representa uma retomada do método antigo de dar à luz quando a mulher dita o ritmo do parto e escolhe como o bebê nascerá”, diz Emanuelle.

A diferença entre parto natural humanizado e o parto normal está justamente na maneira como todo o processo é conduzido. No parto humanizado o atendimento é centrado na mulher, que é tratada com respeito e de forma carinhosa, podendo desfrutar da companhia de familiares, caminhar, tomar banho de chuveiro ou banheira para aliviar as dores. As intervenções de medicamento, aceleração do parto ou mesmo o tradicional corte vaginal acontece somente quando é estritamente necessário. No parto normal a mulher é induzida a produzir força sem intervalos para o nascimento do bebê.